terça-feira, 8 de março de 2011

Trágico destino...

     Encontro-me essa à vagar pelas ruas funestres e sombrias dessa cidade, um dos meus locais favorito para as caçada noturna, onde os mortais que, com suas vidas desgraçadas pelo destino, anseiam pelo encontro com a morte devoradora. Fecho meus olhos e concentro minha audição para ouvir os murmúrios de suas almas, penetro em suas mentes para ver qual poderia ser a melhor vítima a ser contemplada com o encontro com a morte; e eis que a encontro. Um garota no esplendor de sua juventude,  não mais que 18 anos. Seus olhos inchados denunciam os rios de lágrimas que por ali jorraram. Logo sua tormenta chega até minha mente, mostrando as desgraças que abatem sua pobre alma; a vida de seu amado fora tirada de maneira trágica, como uma dessas  peças que o destino nos pregam quando estamos na plenitude da felicidade. O amor que os unia fora agora substituído pelo ódio contra sua própria vida e pelo seu destino...
     Tomo-a nos braços delicadamente, acaricio seu belo rosto enquanto seus olhos penetrantes tentam reconhecer o ser a sua frente. Já com sua mente sob meu controle assumo para ela o rosto de seu amado.
 -  Está tudo bem minha querido... logo estaremos juntos, apenas feche os olhos e durma.

      Ela atende ao meu pedido sem questionar,  e logo se ver um leve sorriso dando brilho e vida ao seu belo rosto jovial, da qual a tristeza o tinha roubado, e que agora começa as poucos perder o brilho a medida que seu sangue lhe é roubado até restar apenas resquícios do que já fora antes...

     Abandono seu corpo inerte. Posso senti sua vida agora dentro de mim. Minha pele pálida agora corada com o brilho mortal provindo de seu sangue. Agora, com feições totalmente humanas, caminho entre os humanos. Ao longe mais uma vez o badalar do sino me chama a atenção. Caminho em sua direção, como que guiado pela sua melodia e logo me surpreendo com uma presença familiar a observar sua presa: Lady Anna, uma antiga companheira de caçadas. A satisfação ao vê-la  é indisfarçável de modo que a comprimento com um breve sorriso e desapareço nas sombras...
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Noite fria ...

        A noite estava fria como sempre na velha cidade. O ar gélido provindo do mar e o nevoeiro que o acompanhava deixava aquela cidade litorânea com um aspecto sinistro, quase fúnebre. A chuva torrencial que assolava a cidade durante todo aquele dia tinha dado uma trégua, restando apenas uma pequena brisa que, se não fosse pelo frio intenso, seria até mesmo agradável. Ela caminhava pelas ruelas daquela pequena cidade costeira, estava com muito frio, seus lábios, antes tão vivo como uma rosa do campo, estava agora roxos e quase sem vida. Ela caminhava, tentando manter seus passos firmes, mesmo quando todo seu corpo ansiava por descanso. Mais alguns minutos e Ela estaria no aconchego de sua casa, mais alguns minutos e logo Ela estaria nos braços de seu amado, que a esquentaria com o calor de sue  corpo. Mais alguns minutos ...
        O predador a observa. Pele branca como a lua. Cabelos dourados, tal como a luz do dia da qual Ele não via por séculos, mas lembrava do seu intenso brilho. Lábios trémulos e ao mesmo tempo sedutores e convidativos. Olhos, tão belos como as estrelas no céu, não, talvez até mesmo mais belo, cintilavam noite a dentro. Ele sabia que se a olhasse por muito tempo acabaria exitando, acabaria por sucumbindo a beleza e fascínio daquele olhar.
        Ele aproxima-se dela, tomando-a pelos braços. Ela o encara com temor nos olhos, estava prestes e entrar em desespero quando as presas perfuram sua carne. Ambos logo são tomados pelo êxtase. O frio que a afligia seu corpo vai aos poucos dando lugar ao calor, como se uma chama começasse a expandir a cada pulsar de seu coração, que agora batia cada vez mais freneticamente. Sangue. Calor. Êxtase. Paixão. Um inferno Perfeito...
         Aos poucos Ele pode sentir o coração de sua vítima perdendo a força. Seus braços, que o agarrava com firmeza, pendem para baixo até ficaram inertes, assim como todo seu corpo. Ela não passa de uma carne pálida agora. Sem sangue, sem vida, sem alma...